Nesta semana, a polaquinha
completa quatro anos...
Quando ela nasceu, em janeiro de
2010, eu havia acabado de me inscrever, despretensiosamente, para o concurso da
Polícia Militar do Paraná. Pouquinho tempo depois, seu pai, meu antigo vizinho
e amigo de infância, me convidou para ser padrinho da menina, incumbência que
aceitei com muita honra. Os “antigos” – como diz minha mãe – falam que o homem
que tem uma afilhada menina é abençoado com muita sorte. E parece que deu
certo.
Passei no concurso com um
surpreendente primeiro lugar geral no Estado, feito que, acho eu, nunca mais
repito. E progressivamente, enquanto fazia os demais testes – médicos,
psicológicos, físicos e sociais – aquela recém nascida com lindos olhões claros
foi se tornando meu grande afeto e, mais tarde, meu suporte para as provas que
viriam.
Quando me mudei para Maringá, as
visitas para Guarapuava eram bem escassas, por conta da rotina da escola de
soldados. Mas a cada ida para casa, era obrigatória uma visita aos compadres e
a minha primeira afilhada. E o tempo ia fazendo com que cada dia mais ela
ganhasse um pouco de estatura, um dentinho a mais e uma crescente força nas
pernas, dando seus primeiros passos.
Dessa maneira se procedeu até
2013, quando fui transferido para minha gelada, amarga e amada Guarapuava. Nas
últimas visitas, já não vi mais o bebê de colo, cuja lembrança tanto me animou
nos dias solitários de aventura pelo Paraná. É uma menina com mais da metade da
minha estatura, que fala um monte, se comunica em Libras, corre para todo o
lado e cuida de uma gatinha de estimação.
Hoje, sou padrinho de três
crianças maravilhosas, mas dedico esse post a minha primeira afilhada, que mais
do que um laço de família que me foi ofertado, representa para mim um relógio,
um ponto de referência. Olhar para ela é ter noção de quanto tempo se foi desde
que comecei a jornada dentro do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná. E espero que assim continue, para que o dia em que eu me aposentar
(espero chegar lá), ela esteja no auge de sua juventude adulta, quem sabe até mãe
de seus próprios filhos. E daí, nesse dia, olharei para ela e pensarei: “Como o
tempo passou...”
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