quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Por Deus, pela Pátria, por DeMolay # 04

Desde o fatídico dia que passei pelo Portal Meridiano, meu mundo se tornou outro. Assim como de muitos Irmãos que convivia em Capítulo. Alguns mudaram de estado, indo trabalhar em cidades onde as oportunidades eram melhores. Outros, por sua vez, se espalharam pelo Paraná, especialmente Curitiba, para se prepararem para concorridos vestibulares. Já eu, fui para o norte, morando um tempo em Maringá, e mais outros dois anos em Campo Mourão.
Esse afastamento não deixou de ser sofrido. Tão acostumado à convivência de Irmandade, essa desconstrução me tornou inevitavelmente mais solitário, e de certa forma, perdido. Tive o privilégio de conviver com vários DeMolays das cidades que gentilmente me acolheram, mas tive de amargar a sensação de que a “era” que vivi no Capítulo Eugênio Mancuello chegara ao fim. Agora eram outros DeMolays, uma nova geração que iria escrever sua própria história no Capítulo, e que eu, juntamente com todos os jovens que passaram por lá, nos tornamos apenas histórias, vultos, lembranças de atas...
Entretanto, no meio dessa pequena desolação, me permiti ser feliz de novo. Vez ou outra, encontro com os antigos companheiros de Templo. Destaco especialmente dois reencontros. O primeiro deles foi com meu xará Fábio Suenaga, vulgo “Japetos”. Cientista da Computação que hoje vive em São Paulo, numa carreira promissora. Nesses felizes “acasos” do destino, resolveu visitar Guarapuava nos mesmos dias que eu estava de férias. Marcamos um reencontro entre a maioria  dos DeMolays Seniores de nossa época, e nos embalamos num Happy Hour,  entre lembranças e sonhos futuros. Um encontro breve, mas que valeu cada minuto.

O segundo reencontro foi com meus Irmãos Lucas Zago e João Neto, ambos estudando em Curitiba. O primeiro no caminho para concluir o curso de direito, e o segundo, estudante pré-vestibular, futuro médico. Pela ocasião de minha transferência para São José dos Pinhais, nossa distância diminuiu, o que permitiu combinarmos uma saída como nos velhos tempos, embalada a muita pizza, refrigerante, pizza, reclamações, pizza de novo, e uma comemoração em especial: a aprovação do João Neto em Medicina. Conquista celebrada com... pizza. Mais um dia que valeu a pena. Tanto tempo longe, mas a conversa fluía como se estivéssemos convivendo diariamente. E de certa forma estávamos mesmo. Lá se foram um, dois, três anos, mas uma velha chama de Irmandade insiste em se manter viva, mesmo com distâncias aparentemente tão grandes. E hoje, neste ocaso de 2012, nossos caminhos divergem novamente. O futuro Dr. João Dias Neto em breve vai para o Rio de Janeiro, e meu companheiro Lucas “Bigode” Zago entra em férias e volta para Guarapuava. Mais uma vez meu caminho se torna solitário por aqui, mas com uma acalentadora certeza. Meus amigos estão por aí, distantes, mas sempre próximos em coração.
Viver estes momentos me mostra que o Paraná nem é tão grande assim. E provavelmente o Brasil também não. Geografia não vence certas amizades. Certas Irmandades.
Isto é mais uma coisa que devo agradecimentos a Frank Sherman Land.
Um Tio, um Irmão, o precursor de um sonho.  Que, a propósito, está quase chegando a seu primeiro centenário!

2 comentários:

Lucas B. Menon" disse...

Belo texto irmão,
e a saudade vem forte...

Anônimo disse...

Entendo um pouco do sentimento, irmão. A geografia separa, mas não consegue vencer as amizades! Abraço