Durante vários anos (e até hoje,
pra ser sincero), tive como hábito jogar os excelentes jogos da franquia Castlevania. Esta série, produzida pela
empresa japonesa Konami, teve games desde a época do Nintendo 8 bits até os
dias atuais, no poderoso PlayStation 3.
A história gira em torno da família
Belmont e sua luta contra o Conde Drácula, que a cada cem anos ressuscita para
trazer o terror ao mundo. O Belmont da vez, armado com um chicote sagrado, o Vampire Killer, deve adentrar o castelo
do vampiro e deter suas tropas demoníacas.
Castlevania tornou-se notório
pela grande quantia de jogos, sua qualidade, e pela trilha sonora fantástica,
com certeza entre as melhores já compostas para jogos eletrônicos. Mas, ainda
mais, pelos personagens icônicos que lançou, como o filho de Drácula, chamado
Alucard; Richter Belmont, considerado o mais poderoso herdeiro da família de
caçadores, entre outros, bem conhecidos entre os entusiastas de videogames.
Mas o herói que vou ressaltar é
especial por ser o primeiro. Em 2002, foi lançado para a plataforma PlayStation
2 o game Castlevania, Lament of
Innocence. Neste, é contada a história do primeiro Belmont caçador de
vampiros, um romeno que viveu no século XI. E se chamava...
Leon Belmont
Sua vida na cavalaria iniciou aos
16 anos. Em 1094, já com 22 – e uma Cruzada no currículo – era um exímio
combatente e um nobre de boa reputação. Mas a sua sorte virou quando sua noiva,
Sara, é sequestrada por uma horda de criaturas demoníacas, vindas de uma
floresta, onde dizem as lendas, o sol nunca aparece. Contrariando as ordens da
Igreja, que planejava uma nova Cruzada no Oriente, Leon abdica do seu título de
nobre e parte sozinho para a floresta. Lá se depara com um Castelo, comandado
por um vampiro chamado Walter. Assim, inicia uma árdua luta pelo resgate de sua
amada, sob a tutela do misterioso alquimista Rinaldo Gandolfi.
Após enfrentar toda a sorte de monstruosidades,
Leon finalmente resgata sua noiva, mas o preço a pagar é alto: a mesma foi
mordida por Walter e já se encontrava em processo de transformação. Nessa hora,
a moça toma uma decisão extrema. Decide se sacrificar, num ritual onde sua alma
pura torna-se a força motriz para a única arma que poderia derrotar Walter
definitivamente: o chicote, chamado a partir de então, de Vampire Killer. Antes de sua morte, Sara pede a Leon que não
permita que ninguém mais sofra o que ela sofreu. Assim, o nobre cavaleiro, sem
alternativa, jura cumprir o desejo da noiva, e com o fardo de sua morte nas
costas, arma-se do Vampire Killer e derrota
Walter. Entretanto, ele descobre uma conspiração muito maior em torno do Lorde
Vampiro, envolvendo um antigo companheiro de guerra e a própria Morte, a
entidade ceifadora. E daquela noite em diante, o primeiro Belmont jura que o
seu clã jamais descansaria até derrotar Drácula, o mentor oculto de todos os
terrores que o protagonista passou.
Dentre todos os heróis que tive
em Castlevania, escolhi Leon por ser
o patriarca. O primeiro, aquele que impulsionou toda uma geração. Isso pra mim é muito simbólico, vai além de
um jogo de ação. Além disso, admiro sua notável abnegação: Leon perde seu
título de nobre, perde sua noiva e toda a sua vida quando enfrenta o castelo
maldito. E então, torna-se um peregrino, empenhado numa causa muito maior, mais
perigosa e ingrata: de caçador. Obviamente, nunca fui – e acredito que nunca
serei – um matador de vampiros (risos), mas isto tudo pregou em minha cabeça
uma frase que viria a me perseguir vários anos depois: “Servir com renúncia...”
Um jogo de ação simples, um
história simples, uma lição simples. Esta foi a representação que tive durante
os vários anos em que fui um membro da família Belmont, cada vez que jogava um
novo Castlevania. E na minha
imaginação, eu podia ser herói. Forte, rápido, sem medo da noite negra, e
determinado a um objetivo abnegado: banir uma personificação do mal no mundo.
Um legado que começou com um patriarca. Que foi Leon Belmont.
“This whip and my
kinsmen will destroy you someday. And from this day on, the Belmont Clan will
hunt the night!
Leon Belmont
Um comentário:
Boa irmão.
São personagens bem característicos.
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