quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Espelho paterno e sorvete superfaturado

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...
Esse verso nunca foi tão verdadeiro, especialmente pra mim. Certo dia, em que estava de serviço, um colega e eu conversávamos sobre nossos pais (no caso dele, in memoriam). Meu colega deu risada quando falei da juventude do meu pai. Fui acusado de plagiar a vida do meu velho. E não é pra menos. Quando parei pra analisar, até me deu um arrepio...



Meu Pai: José Acyr de Lara (vulgo Zezinho, Caloi...)
- Começou a trabalhar formalmente com 16 anos (apesar que já fazia bico muito antes);
- Andava de bicicleta todo dia, o dia inteiro;
- Morou numa pensão;
- Mandou a faculdade (Geografia) pra putaquepariu no último ano pra resolver sua vida e a da família;
- Fazia teatro;
- Escreve poesias e compõe músicas;
- Viajou o Paraná inteiro (e um tanto do Brasil) com o grupo de jovens que pertencia (Coral Universitário);
- Quando estabilizou no serviço, comprou a moto mais invocada da época.

Eu: Fábio Batista Lara (vulgo Frodo, Dee...)
- Comecei a trabalhar formalmente com 16 anos (estagiário, mas tá valendo)
- Ando de bicicleta todo dia, o dia todo;
- Moro numa pensão;
- Mandei a faculdade (Fïsica) pra putaquepariu no último ano pra virar bombeiro e resolver a minha vida e da minha família;
- Fiz teatro por anos, e se pudesse, faria até hoje;
- Escrevo poesias e já compus música;
- Viajei o Paraná inteiro (e um tanto do Brasil) com o grupo de jovens que pertenci (Ordem DeMolay)
- Em breve – mais estável no serviço – comprarei uma moto Custom (e vou pegar estrada!);

Outra coisa engraçada que meu pai me contou foi quando começou a trabalhar estavelmente e resolveu não passar mais vontades (em vista da infância penosa que teve). Comia doces e porcarias todo dia, tendo uma particular obsessão por leite condensado na lata (mania que o mandou para o hospital certa vez...).
No meu caso, recentemente, já bombeiro formado, comecei com algumas manias esquisitas, tipo, comprar playmobil e comer Kinder Ovo pra ganhar o brinquedo surpresa (minha infância foi muito melhor que a do meu pai, mas como toda criança brasileira padrão, passei vontade de muita coisa...). Outra coisa também que me atacava as lombrigas, mas não tinha coragem de fazer, foi comprar um certo sorvete da marca Haagen Dazs. No começo desse mês, com o pagamento na conta e o bolso fofo, resolvi experimentar a guloseima. Gastei preciosos vinte reais num potinho de sorvete de cheesecake com morango e bem, o que tenho a dizer: maravilhosamente delicioso é, mas pode ter certeza que é o tipo de coisa que valeu só pela experiência única. E que fique nisso.
Recomendação: se você trabalha, paga suas contas e faz malabarismo com suas economias, vale experimentar, mas tem muito sorvete mais barato e quase tão gostoso quanto... agora, se dinheiro não for seu problema, pode comprar e me chama pra comer junto!

2 comentários:

Luís Felipe disse...

Moto Custom é muito massa !!

Parabens pelo blog, fabinho.

Abraços.

Luís

Zé lucas disse...

cara, nunca percebi isso entre vc e o pai...